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quarta-feira, 25 de maio de 2011

MARAVILHOSO MUNDO PUBLICITÁRIO






terça-feira, 17 de maio de 2011

MANIFESTO DA ABRASME DIA 18 DE MAIO – DIA DA LUTA ANTIMANICOMIAL POR UMA POLÍTICA DE SAÚDE MENTAL COM LIBERDADE DE DIREITOS! POR UMA POLÍTICA DE SAÚDE MENTAL DE ESTADO!



                              

A Lei 10.216/2001 completa 10 anos em 2011. Após 12 anos de luta social por uma legislação que legitimasse a Reforma Psiquiátrica brasileira, a referida Lei foi promulgada bem diferente do seu Projeto de Lei inicial. Mesmo assim, avanços foram alcançados com a criação de serviços abertos e comunitários que têm em seu alicerce, o respeito e a garantia da liberdade de direitos das pessoas em sofrimento psíquico, favorecendo o convívio com a família, chamando à sociedade a rever seus (pré) conceitos sobre a loucura.

Os avanços da Política de Saúde Mental, seja no âmbito nacional ou estadual, há que se considerar a diversidade territorial, geográfica, cultural dos municípios onde realmente se efetivam as políticas. A decisão política de implementar a Reforma Psiquiátrica não garante que esta seja consolidada e transformada em uma Política Pública de Estado.

O Movimento da Reforma Psiquiátrica, apesar das conquistas de seus atores sociais de extinção progressiva de estruturas manicomiais, corre o risco de recuar pelos interesses financeiros e políticos, de criação de novas instituições asilares para tratar pessoas com uso problemático de álcool e outras drogas, com internações inadequadas, caracterizando um retorno à higienização das cidades, portanto um
processo de exclusão social daqueles que incomodam o sistema.

Em pleno século XXI, a sociedade brasileira assiste e reforça a cultura da impunidade e da violação dos Direitos Humanos com os maus tratos e mortes de pessoas internadas em instituições manicomiais, credenciadas como hospitais especializados pelo Ministério da Saúde!


Desta forma, neste dia da Luta Antimanicomial, a Abrasme vem se manifestar:

·          Pelo fortalecimento do SUS;
·          Ampliação do financiamento do SUS e da rede de saúde mental de forma que os profissionais, a gestão e ações sejam efetivamente públicas;
·          Definição de uma política mais concreta para os trabalhadores, desde a contratação por concurso público, plano de carreira até a formação continuada, incluindo a supervisão;
·          Planejamento para implantação da rede a curto, médio e longo prazo que garanta a acessibilidade e integralidade do cuidado;
·          Valorizar as formas de participação e controle social no SUS e nas políticas sociais de inclusão. A Comissão Intersetorial de Saúde Mental (CISM), composta por representantes eleitos dos segmentos que compõem a área, deve ser priorizada e prestigiada como estratégia de participação e fórum de formulação de políticas;
·          Definição de metas claras de desativação dos hospitais psiquiátricos, públicos e privados e sua substituição pela rede de atenção psicossocial. O PNASH deve ser reativado;
·          Elaborar uma política de desmedicalização, através de ações de controle da propaganda, da publicidade pela indústria farmacológica tais como distribuição de brindes e presentes à classe médica, e por meio de campanhas públicas que estimulem práticas cidadãs de autocuidado e participação ativa nos tratamentos;
·          Ações intersetoriais incorporando os movimentos sociais e envolvendo diferentes segmentos, além do campo da saúde, como: direitos humanos, cultura, esporte e lazer, trabalho e economia solidária, educação, segurança e outros, especialmente, para o enfrentamento de problemáticas de alta complexidade sociocultural, como o uso prejudicial de crack e outras drogas, legais e ilegais;
·          Dada a importância das Conferências Nacionais de Saúde Mental, a Abrasme reforça a indicação de periodicidade de 4 anos, como indicado no Relatório da IV Conferência. Reivindicamos que as conferências sejam realizadas no primeiro ano de governo para que os novos governantes se comprometam com a implantação das propostas;
·          Pela garantia do exercício dos direitos de cidadania das pessoas com problemas mentais;
·          Pela estruturação, ampliação e consolidação de uma rede integral de saúde mental antimanicomial, de base comunitária e territorial, em apoio aos usuários/familiares e trabalhadores;
·          Pela formalização das estruturas organizativas dos serviços de saúde mental.


Vem denunciar:

·          A falta de priorização e de investimento financeiro na área da saúde mental;
·          A sustentação pelo Estado brasileiro de estruturas asilares e manicomiais, que segregam, excluem, isolam e estigmatizam as pessoas com problemas mentais;
·          A terceirização, que gera precarização do trabalho e rotatividade dos trabalhadores, com fragilidade nos vínculos empregatícios e, consequentemente, pondo em risco o cuidado em saúde mental.

Abrasme – Associação Brasileira de Saúde Mental

segunda-feira, 16 de maio de 2011

Hoje eu sei quem eu sou. NILO NETO

Cada vez que não conseguirmos mais nos ouvir uns aos outros, e cairmos num desespero surdo, que só consegue machucar e humilhar os outros, aí está o manicômio. 
Cada vez que acharmos que estamos sozinhos, e desistirmos da luta maior, aí está o manicômio. 
Cada vez que sentirmos vergonha, por nós e pelos outros, de sermos usuários, assim como desânimo para freqüentar o serviço, ou medo de estarmos piorando nossa condição de saúde quando estamos lá, aí está o manicômio. 
Cada vez que esquecermos quem somos, que nossa força só acontece quando estivermos conscientes de nossas possibilidades e limites, e que somente poderemos sair desse lugar que nos colocaram quando unidos, aí está o manicômio. 
Cada vez que ficarmos embriagados com o poder, manipulando nossos companheiros para conseguirmos vantagens pessoais e, alimentando vaidades fúteis, perdermos de vista o verdadeiro objetivo, na Associação e onde quer que estejamos representando os usuários, aí está o manicômio. 
Cada vez que erguermos a voz, querendo pedir socorro e só saírem misérias e ofensas, aí está o manicômio. 
O Manicômio não é só um lugar, mas um inferno que põe muros enormes entre cada um nós. 
Os nossos verdadeiros inimigos, aqueles que pretendem nos manter presos a esse lugar de “loucos de todos os gêneros”, seja entre os muros dos hospícios e clínicas, seja por nos convencerem que não temos valor, que não sabemos lutar, nem ter nossas próprias idéias, nosso autogoverno, que sempre dizem que nossa luta é apenas “parte da dinâmica” da nossa doença, devem estar dando risada da nossa cegueira. 
Por um segundo vamos abandonar um pouco a raiva e o medo e perceber que já temos conquistas. Que ainda há muitas batalhas pela frente, mas a maior delas, a construção de uma identidade, é o primeiro passo para um destino maior.

“Sou louco sim, doutor, mas tenho meus direitos. Se o Senhor não me deixar ser cidadão, tenho em minhas mãos leis que me garantem esse direito. E o Paulo Delgado que me abençoe, eu vou fundo. Hoje o Senhor me olha aqui, tremendo, um pouco nervoso, mas não tem idéia o que eu já vivi. Do quanto eu já fui humilhado por ser diferente. Por não agüentar as regras sociais, por não aceitar uma família que me trata como um peso morto, por viver num lugar em que a gente só tem valor se ganhar muito dinheiro. O Senhor pode me receitar um remédio, pode me tirar o direito de fazer o que eu quiser com o meu dinheiro, minhas coisas, pode até me internar num desses hospícios medonhos que o Senhor diz que vai reformar para ficar mais humano. Mas hoje eu sei o nome da minha doença, sei o que esses remédios fazem comigo. Por isso exijo que ser tratado como um cliente, não somente um paciente. Hoje eu sei que tem um usuário como eu que está fiscalizando essas internações e os que viveram o que eu estou vivendo não vão me deixar na mão. Sei também da luta deles em todos os encontros e comissões que tratam de saúde mental em todo esse Brasil. Queria lhe dizer doutor, que eu faço parte de um movimento chamado luta antimanicomial. É isso mesmo Doutor, é um pessoal da pesada. Cada passo que eu dou em direção da minha cidadania, mais eu me afasto do surto. E não vou mais aceitar mais nenhum tipo de tratamento abusivo ou desumano. Hoje o seu poder tem limites Doutor. Hoje eu sei quem eu sou.
NILO NETO

terça-feira, 3 de maio de 2011

Como se deve conversar com um alcoólatra para ajudá-lo?



 

Nem todas as pessoas que bebem muito são alcoólatras. O álcool é uma das poucas substâncias que admite um uso moderado que pode não vir a ser prejudicial para a pessoa. Para ajudar alguém que bebe demais é preciso saber qual é a sua relação com a bebida.

Existem indivíduos que bebem socialmente, sem perder a noção da quantidade ingerida e sem alterar significativamente seu comportamento. Seria, por exemplo, aquele que bebe dois ou três copos de cerveja ou duas ou três taças de vinho em uma comemoração ou festividade, sem prejudicar seus reflexos e seu nível de consciência.

Há aqueles que, em geral, não passam dos limites mas em uma determinada situação bebem demais e se tornam inconvenientes ou correm riscos. Quando isto acontece, o melhor que se tem a fazer no momento é controlar seus comportamentos procurando evitar que dirija, que se envolva em discussões ou brigas ou que assuma atitudes das quais se arrependerá mais tarde. Passado o efeito, uma conversa que aponte o fato pode servir de alerta para que não venha a se expor novamente a estes riscos.

Existem, no entanto, pessoas que têm uma relação de dependência com a bebida. São aquelas que têm compulsão por beber, dificuldade de estabelecer limites de consumo e horários para fazê-lo e passam a deixar de fazer suas obrigações ou de ter outras diversões para ficar consumindo álcool, ou ainda, continuam bebendo mesmo tendo conhecimento dos malefícios que a bebida vem causando para sua saúde física, mental ou social.

Uma pessoa não se torna dependente de uma hora para outra. Existem níveis de dependência, conforme os fatores acima sejam mais ou menos intensos.

A possibilidade de ajudar um alcoólatra vai depender, em primeiro lugar, do seu grau de dependência e da consciência que ele tem dos problemas que seu hábito está causando. Vai depender também da relação que se tem com esta pessoa.

O fundamental é fazer uma aproximação afetuosa e amiga, com respeito pela pessoa, sem acusá-la ou culpá-la por sua dependência. Uma abordagem acusatória leva a pessoa a reforçar suas defesas e a negar que esteja enfrentando problemas.

É preciso também verificar qual é a abertura da pessoa para ser ajudada. Existem dependentes que não percebem claramente a sua situação. Outros começam a dar-se conta da necessidade de mudar. Em ambos os casos, é preciso trabalhar com a motivação para a mudança, por meio de uma relação amiga, mas também firme, procurando ajudar o dependente a reconhecer que além do lado prazeroso há o lado prejudicial de seu comportamento e fazendo-o pesar os motivos que tem para continuar e os motivos para mudar. Esta conversa tem como objetivo reforçar o desejo de mudar que o dependente, em geral tem, mesmo que inconsciente.

É preciso, no entanto, ter consciência de que, mesmo havendo motivação, a mudança será um processo difícil, demorado e possivelmente permeado de dúvidas e recaídas.

Por isso, é necessário auxiliá-lo a buscar o tipo de tratamento que melhor atenda às suas condições, seja buscar ajuda de um especialista, um grupo de autoajuda, um atendimento público ou pago, etc.

Ajudar um alcoólatra a mudar seu comportamento não é fácil, mas o primeiro passo pode ser dado com a compreensão, o apoio e a disposição de fazê-lo refletir e, junto com ele, encontrar um caminho.
Fonte: Site Álcool e Drogas sem Distorção (www.einstein.br/alcooledrogas)
Programa Álcool e Drogas (PAD) do Hospital Israelita Albert Einstein

segunda-feira, 2 de maio de 2011

A LUTA ANTIMANICOMIAL CAPIXABA:SE ZULMIRA FONTES E NERCINDA HEIDERICH PERDEREM, QUEM PERDE?


    Ah, meus ai ais,meus ioiôs...

    Cade vocês além daqui?

    Se nesta luta do empreiteiro manicomial capixaba contra Zulmira Fontes e
    Nercinda Heiderich ,se elas perderem, quem perde?

    Você pensa que são elas somente quem perdem?

    Não, elas não perdem não.

    Ao menos não perdem sozinhas.

    Perde a Luta antimanicomial Capixaba,perde a Luta Antimanicomial nacional.

    Perde Carrano e Geraldo Peixoto. Pede Alexandre Bellaganba.

    Perde o Fórum paúlista da luta antimanicomial.

    Perde Fausto Amarante .

    Rede internúcleos?Perde!

    Perde a reforma psiquaitrica, a antipsiquaitria,

    Perde ABRASME minha gente.

    Perde David Coper.

    Perde Os de volta pra casa, Mario moro perde.

    Perde o Dayan e todos os delírios coletivos.Os loucos pela vida, perdem.

    Perde Paulo delgado.
    Perde Michel Foucault.



    Perde Iriny Lopes, e sua secretaria de mulheres, Aliás perdem todas as
    mulheres! Marisa Feffermann perde.

    Perde os estudantes de psicologia da UFES, e de todas as universidades
    brasileiras.

    Perdem todos os psicólogos brasileiros.

    Perdem todos os ativistas antimanicomiais,Paulo Michelon perde.

    Perdem os direitos humanos capixabas.

    Perde deputado Domingos Dutra e todos os demais ligados aos direitos humanos
    do país.

    Quem perde?

    Num processo "noncense", ainda sem advogado onde os direitos humanos
    capixabas mandaram-na procurar um defensor público!

    Quem mais perde, me diga aí?

    Sabes bem tu?

    Quem perde é a "Declaração de Caracas".

    Quem perde são os trabalhadores de Bauru que lá foram lá á toa.

    A marcha dos usuários à Brasília perde.

    Perde Franco Basaglia, Trieste perde.

    Quem mais perde?

    Quem perde são os profissionais da saúde mental que disseram amém ou :- Eu
    não fiz nada!

    Perdem todos os usuários que compareceram as conferencias municipais e
    estaduais de saúde e seus familiares, e seus profissionais...

    Os que nos representaram em Brasília?Perdem!

    Mas há quem ganhe.

    *Ganha Daniel Defoe, autor de Robinson
    Crusoé ,quando no século XVIII conta que maridos costumavam encarcerar suas desobedientes e sãs esposas.*

    Ganham os laboratórios de psicofarmácos e toda a máfia do jalequinho branco
    e a indústria da psiquiatria.Ganham as licitações dos laboratórios
    fabricantes de fármacos contínuos por drogadiçao em massa de laboratórios do
    SUS.

    Ganha Sebastião Ventury Batista e todos os manicômios brasileiros.



    Mas e agora, eu Zulmira que lhes escrevo, lhe pergunto...

    -Quem perde?



    Vamos falar sério sobre reforma psiquiátrica?Porque isso tudo e a sua
    omissão estão aparecendo uma enorme brincadeira!