Abner Laurindo
Com a dinamização do atendimento dos pacientes em busca de
diagnóstico sobre a saúde metal proposta pelos professores e alunos de
Medicina da
Pontifícia Universidade Católica (PUC), Sorocaba ficou em
segundo lugar no Prêmio Doutor Cidadão, realizado no dia 5 de novembro
pela Associação Paulista de Medicina (APM) em São Paulo. A equipe
formada por 12 alunos do 4º ano de medicina e coordenada pelo professor
Reinaldo Gianini criou um Protocolo de Atendimento e Encaminhamento em
Saúde Mental e o implantou na Unidade Básica de Saúde (UBC) do Jardim
Vitória Régia, reduzindo de 2 anos para 2 dias o tempo de espera dos
pacientes por consulta com um psiquiatra. As pesquisas feitas pelos
estudantes apontaram que o atendimento em saúde mental naquela unidade
de saúde era o mais demorado. Então montaram critérios para que
avaliação pudesse ser feita por clínicos gerais e apenas os casos
graves fossem encaminhados para um psiquiatra. Isso diminuiu a fila de
espera desses pacientes. O projeto feito pelos estudantes deverá virar
livro no primeiro semestre de 2011.
Foi a quarta edição do prêmio da APM que reconhece as iniciativas de
médicos em benefício da comunidade. O primeiro colocado foi o Projeto
Jovem Doutor e Educação e Cultura em Saúde pelo Espaço Digital de
Ciência para a Promoção de Saúde nas Escolas e Comunidades, promovido
pela Universidade de São Paulo. As Expedições Científicas e
Assistenciais da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São
Paulo, que contemplam anualmente uma cidade ou bairro carente, foram as
terceiras colocadas. A APM concedeu, como incentivo, as quantias de R$
10 mil, R$ 5 mil e R$ 2 mil para os primeiros colocados,
respectivamente. Ganharam menção honrosa os projetos Mutirão da Saúde
Centro Médico Berrini (4º lugar), Pastoral Carcerária Penitenciária
Parelheiros (5º lugar) e Cães e Crianças Autistas (6º lugar).
Todos os demais participantes inscritos foram classificados,
simbolicamente, em 7º lugar. De acordo com o professor Reinaldo
Gianini, todos os envolvidos no projeto ficaram felizes com o
reconhecimento, e que ele foi um complemento da satisfação que tiveram
em conseguir ajudar a comunidade com o projeto. Ele lembrou que tudo
começou em 2006 depois que a faculdade mudou o currículo implementando
uma metodologia ativa. E que em 2009 fez o desafio aos alunos. No
primeiro semestre de 2010 foram a campo e identificaram o problema.
Depois fizeram um estudo para saná-lo. O protocolo de atendimento
funcionou, comemorou Gianini. Ele comentou ainda que já assinou com a
editora Atheneu de São Paulo a publicação de um livro com conteúdo do
protocolo.
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